29 de July de 2022

As conquistas da jovem artista Soka!

Mayara é uma jovem dançarina que produz no ar, a mais pura poesia da Cultura Soka em movimento

Mayara Rosa: respeitando sua história e ancestralidade

Turmalinas Negras: a arte transformando preconceitos

Mayara na Dança dos Famosos

A dançarina Mayara Rosa decidiu transmitir poemas por meio do deslocar ritmado de seu corpo lançado no ar. Dançar é traduzir palavras, acordes e cores em forma de gestos, ora suaves, ora vigorosos... Um rodopio e um aterrissar suave; um salto e pernas longilíneas se prolongam como que desafiando a gravidade. Tal qual a filosofia humanística do budismo Nichiren que permeia a vida da jovem artista. “Sou artista Soka com muito orgulho”, revela.


Aos 30 anos Mayara é uma pessoa vitoriosa. Nascida num lar budista foi criada nos ‘jardins da Soka Gakkai’, é hoje a líder nacional do grupo de dança Taiga, composto por jovens moças e meninas, que fazem da arte da dança seu trampolim para o desenvolvimento e aprimoramento, tanto pessoal como da prática budista.


A célebre coreógrafa e bailarina Pina Bausch enfatizava que “não estou interessada em como as pessoas se movem; estou interessada no que as faz se moverem”. Ela também costumava dizer que a dança é feita de poemas em movimento e cada gesto é como um verso, cuja harmonia transcende a forma e a técnica simplesmente, pois o dançarino que possui um ideal consegue ir além do movimento puro e simples, consegue fazer emergir do público aquilo que têm de melhor e mais sublime. Aos olhos de quem vê, é o puro poema em movimento! Esta é a arte de Mayara.


Filha de Teka e Márcio e irmã mais velha de Cauan e Vitor, uma família budista. Os pais integraram o Núcleo Jovem da BSGI e por saberem da importância que essa vivência tem na vida de jovens mentes, incentivaram seus filhos a se dedicarem nos eventos e encontros. “Ingressei no Taiga aos 7 anos, nem imaginando na época o que esse aprimoramento causaria na minha vida. O grupo Taiga me forjou para que eu pudesse me tornar a cada dia, uma mulher forte, humilde, e capaz de conquistar tudo que quisesse!”, contou Mayara. Sua mãe também foi integrante desse grupo.


A arte da dança permeando sua vida, não só na convivência com as demais integrantes do Taiga, mas em todas as esferas de sua vida. “Por estar cada vez mais envolvida com a arte, muitas vezes tinha de se desdobrar para não falhar em nenhum aspecto, tendo que dar conta de tudo: estudos, família, atividades da BSGI, trabalho”, ressaltou. Também relatou que o amor à dança ajudou-a a aprimorar-se como budista, por meio do estudo do budismo que se tornou uma bússola em sua vida, guiando-a pelos intrincados caminhos que a vida nos revela a todo instante.


Foi dessa forma que sua carreira artística foi se consolidando. Participou de um workshop de hip hop na BSGI em 2011 e esse fato acendeu uma luz em seu coração. Decidiu buscar mestres com quem aprender cada vez mais, e ingressou no projeto Incubadance, da BBLL Dance Company que visava oferecer capacitação a futuros dançarinos, professores e interessados em geral na arte da dança.


Mas não se satisfez somente com essa formação. Prestou o vestibular e passou em 11ª colocação para cursar a Escola Técnica de Artes de São Paulo, conquistando, em 2014, o registro profissional pelo Sindicato de Dança.


Um ano depois, em 2015, Mayara ingressou na Companhia de Dança Taiga, corpo de baile do grupo de dança do qual fazia parte desde a infância. Fora a segunda tentativa e, dessa vez, vitoriosa. “Agucei minha sensibilidade e percebi o quanto minha mente poderia ir mais longe trabalhando a criatividade. Aprendi a dançar por um propósito, a ser uma Artista Soka”, exultou.


No budismo Nichiren aprende-se que todo esforço tem recompensas. Isso somado à oração fervorosa e a dedicação aos companheiros da BSGI, Mayara ingressou numa companhia de dança profissional que lhe permitiu ampliar horizontes dentro do meio artístico.


Porém, nem só de glórias vivem os artistas no Brasil. Em especial, segundo ela, sendo uma mulher preta. Mayara teve que encarar questões realmente desafiadoras que envolviam não só o preconceito, mas a sua própria autoestima. “Me vi querendo falar sobre o meu corpo, minhas relações, sobre mulheres como eu”, desabafou. “Fiz o juramento (...) de ser uma jovem de grande valor na sociedade e tocar o coração de cada pessoa que me pudesse ter contato comigo ou me assistisse dançar”, decidiu.


Uma orientação do presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda foi crucial para que ela encarasse de frente todos os desafios: “Portanto, brilhem onde estão agora. Ao se lançarem em seu trabalho, em vez de evitá-lo, definitivamente abrirão um caminho a seguir na melhor direção possível. Eventualmente, observarão que todos os seus esforços até então tinham significado, e tudo o que experimentaram é um tesouro para a vida. Nesse instante, vocês serão vencedores.”1


Com essa frase em mente, buscou criar oportunidades que lhe possibilitassem romper com o preconceito e influenciar mais e mais mulheres como ela a lutarem por seus espaços, seus direitos. Novamente, sua meta foi alcançada com a grande oportunidade de coreografar a performance dos artistas Emicida, Pablo Vittar e Majur no Prêmio MTV MIAW, em 2019. Seu trabalho foi tão excelente que o rapper Emicida convidou-a para coreografar sua performance. “A apresentação foi incrível. Foi um marco na carreira e na vida de cada um. Tive a alegria de ver minha coreografia sendo elogiada na crítica de sites e percebi a importância do aprimoramento que recebi dentro da organização e no grupo Taiga”, explicou.


Mais um ano se passa e surge a oportunidade de reunir 30 dançarinas pretas para organizar um vídeo que demonstrasse toda a potência dessas mulheres. “Sem imaginar, chegamos em muitos lugares. O vídeo repercutiu de forma incrível, chegando em renomados artistas, e na TV”, exultou a dançarina. Foi dessa forma que surgiu o projeto Turmalinas Negras cujo propósito é ressaltar as artistas negras de forma a empoderá-las como pessoas de valor, inspirando e fortalecendo. “Respeitando a nossa história e ancestralidade, podendo ser espelho e referência para nossas crianças. Este projeto, de fato, é a concretização do meu propósito enquanto artista Soka”, ressaltou.


Não demorou para que o projeto alçasse voos altos. Em 2021 conquistou o Leão de Prata em Cannes, na categoria Entretenimento, com a campanha O despertar da dança, cujo objetivo foi o de mostrar a beleza e a influência da cultura negra na dança contemporânea.


O ano de 2022 chega e mais uma conquista glamorosa: foi convidada a ser uma das professoras do quadro Dança dos Famosos, da TV Globo. Mesmo não tendo chegado até o final da competição, foi uma prova de que com dedicação e empenho, não só para o seu próprio bem estar, mas também para o bem e a felicidade de outras pessoas, grandes vitórias são possíveis. “Ter feito as pessoas refletirem e conseguido transmitir exatamente o que tinha como principal missão, me deixou ainda mais feliz!”, finalizou.


 


Nota:



  1. 1.     Brasil Seikyo, ed. 2.331, 16 jul 2016, p. B3 / Encontro com o Mestre

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