17 de September de 2019

Grandes parcerias no Amazonas

Comitiva especial da Universidade Soka do Japão protagoniza série de encontros no Amazonas

Plenária lotada para celebrar parcerias históricas

Certificado: Doutor Honoris Causa

Visita ao ISA

Inauguração da sala da Cidadania Ambiental

A vida se perpetua. Ela sempre encontra um jeito. Pode ser por meio de suas intringadas redes energéticas de apoio ou via intenções muito bem vindas por parte de indivíduos realmente comprometidos com sua preservação. Foi o que houve no Amazonas nos dias 21 e 22 de agosto, onde instituições idôneas e verdadeiramente engajadas na preservaçãp da imensa e exuberante floresta Amazônica.


O dia 21 foi intenso. Logo no início da tarde, em solenidade no prédio da reitoria da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), os magníficos reitores das Universidades: Soka, prof. dr.Yoshihisa Baba e UFAM, prof. dr. Sylvio Puga, assinaram protocolo de intenções para intercâmbio acadêmico entre professores, pesquisadores e estudantes, em prol do ensino, pesquisa e extensão nas respectivas instituições. No escopo deste protocolo estão também o fortalecimento da educação ambiental, por meio do Instituto Soka Amazonas (ISA), Ufam e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).


O reitor Baba enfatizou que “nosso principal objetivo é, por meio da educação humanística, criar e cultivar estudantes felizes. Graças aos ideais do fundador nós pudemos formar inúmeros valores humanos que vêm contribuindo para o bem-estar da sociedade”.


Ele salientou ainda que vê importantes pontos nesse sentido, sinto que a Universidade Soka e a Ufam têm muitos pontos de ressonâmcia entre as duas universidades. “No dia de hoje, a Ufam torna-se a irmã mais velha da Universidade Soka. Vamos nos empenhar para defender pessoas, em prol da comunidade local, criando inúmeros valores capacitados para atuar neste sentido".


Em suas palavras, José Ricardo Bessa, pró-reitor de extensão da UFAM, ressaltou a importância do projeto em Humaitá, em parceria com o Instituto Soka Amazonas, a erradicação da pobreza extrema da região a partir do desenvolvimento de fontes autossuficientes de energia, da construção de observatório de pesquisa e da implantação de projetos de gestão de resíduos. Segundo o dr. Bessa, “Não pode haver cidadania plena sem respeito à dignidade da vida e cuidado com o meio ambiente”.


O reitor Sylvio Puga agradeceu a confiança e explicou seus motivos: “As instituições têm princípios. Elas têm propósitos. Têm objetivos. E nem sempre esses objetivos são comuns. Nem sempre o foco é comum. E por essa assimetria, as instituições não conseguem trabalhar em conjunto. Mas quando nós recepcionamos o currículo do dr. Daisaku Ikeda, para apresentar ao nosso conselho máximo, que é o nosso Conselho Universitário (Consuni), formado por 60 representantes entre alunos, técnicos e docentes, não houve nenhuma dúvida de que o nome do doutor Ikeda, do humanista Ikeda, do pacifista Ikeda, estava totalmente em consonância com os objetivos, com a missão e com o foco da UFAM”.


Ele relembrou o espírito de fundação da Escola Universitária Livre de Manaós, há 110 anos. Os princípios que nortearem sua criação foram calcados na liberdade. E é este sentimento de liberdade que une ambas as instituições que lutam vigorosa e incansavelmente pela união entre os povos, pela paz, pelo bem comum.


“E aonde vamos semear esse sentimento, no Amazonas? É na cidade de Humaitá, em que a nossa Pró-reitoria de Extensão (Proext) já tem um trabalho que será aprofundado com este acordo, sob a liderança do nosso pró-reitor, professor João Ricardo Bessa Freire”, explicou o reitor.


O reitor encerrou suas palavras enfatizando que aquele era um momento solene e histórico. “Um dia que ficará gravado em nossas mentes e corações, para além dos registros formais da nossa UFAM, porque estamos fazendo uma parceria não apenas de cartório, não apenas no papel, mas uma parceria de quem comunga dos mesmos objetivos e missões. E nós, enquanto irmão mais velho, nós não vamos ensinar. Vamos aprender com a Universidade Soka”.


Em concordância, o presidente da BSGI, Miguel Shiratori, reforçou se tratar de “uma oportunidade ímpar de trabalharmos juntos, ombro a ombro”, e que estava admirado pela postura e dedicação de todos os cientistas em trabalhar e consolidar a carta de Humaitá, documento que deu início ao projeto.


 


Inauguração da Sala da Cidadania Ambiental


Encerrado esse importante encontro, os reitores Baba e Puga inauguraram a sala da Cidadania Ambiental, na ala do Centro de Convivência do setor Norte da UFAM. O descerramento da faixa de inauguração da sala de apoio interinstitucional, que será compartilhada pela Federal do Amazonas e pelo Instituto Soka Amazonas, foi realizado pelos reitores Baba, Puga, além do diretor-presidente do Instituto Soka Amazonas, Akira Sato e da assessora de Relações Internacionais e Interinstitucionais da Ufam, professora Leda Brasil e do pró-reitor de Extensão, professor Ricardo Bessa.


A sala da Cidadania Ambiental será utilizada para a realização de reflexões, reuniões, seminários e simpósios relativos ao acordo de cooperação técnica entre Ufam, Instituto Soka Amazonas e a BSGI. A parede do fundo tem a gravura de um mapa mundi que traça a “rota da cidadania ambiental”, cujo objetivo é ligar, através da Ufam e da Universidade Soka, a América do Sul à Ásia.


 


Concessão do Título de Doutor Honoris Causa da Ufam


E, ao final da tarde, teve início a solenidade da concessão do título de Doutor Honoris Causa da UFAM ao presidente Daisaku Ikeda, sendo este o 387º título dessa natureza recebido por ele, em reconhecimento à sua trajetória de vida marcada pela promoção da paz, por meio do diálogo, intercâmbios culturais e educação humanística.


O prof. dr. Almir de Oliveira Menezes – um dos autores da propositura da homenagem – é professor do Departamento de Ciências Sociais e membro do Departamento de Avaliação de Projetos da Ufam e foi quem abriu a solenidade.


O professor apontou o momento delicado e crucial pelo qual passa o planeta, marcado por desastres naturais e outros cujas causas são as ações do próprio homem em sua trajetória equivocada movido pela ambição e lucro fácil. “Estamos diante de um mundo em crise, no qual o tecido social está cada vez mais desagregado. O professor Daisaku Ikeda é um homem impressionantemente contemporâneo, nascido no século passado, mas que está além deste século 21. O seu diálogo, o seu discurso, versam sobre a paz, sobre a cultura, sobre os processos de educação. Mas versa, acima de tudo, a respeito da possibilidade de que nossos problemas podem ser resolvidos com a modificação do homem”.


Já o reitor, Sylvio Puga, fez uma breve retrospectiva da trajetória do homenageado, referendando os motivos pelos quais lhe foi concedido o título. E encerrou ressaltando a expectativa que deposita no acordo de cooperação entre as duas instituições de ensino. “Nesse processo, a Universidade Federal do Amazonas é um agente estratégico por estar na região e ser responsável pela formação acadêmica de seus munícipes, ao passo que promove a construção da consciência cidadã daqueles que ali vivem. Para nós, essa parceria pode fazer de Humaitá um município-modelo. Nossa missão está posta e nós vamos cumpri-la”.


O laureado, dr. Daisaku Ikeda, enviou mensagem especialmente para a ocasião, lida pelo reitor da Universidade Soka, Yoshihisa Baba. Nela Ikeda reiterou seu amor incondicional pela gigantesca floresta amazônica.


Na Amazônia, precioso celeiro da vida que sustenta a respiração do nosso planeta e cultiva miríades de formas de vida, brilha uma notória estrela em sua superfície. É a grande Vênus do saber e do conhecimento, a honrosa Universidade Federal do Amazonas.


Compartilhar esta láurea com os preciosos amigos da Associação Brasil SGI, com quem dividi sofrimentos e alegrias ao longo de sessenta anos, é motivo da maior alegria e orgulho da minha vida. Manifesto os meus mais sinceros e efusivos agradecimentos aos digníssimos professores desta instituição!


Aprendendo com os ideais e a história de vossa prestigiosa universidade, que completou gloriosos 110 anos de fundação como a primeira instituição de ensino superior do Brasil, gostaria de reconfirmar, junto com os jovens aqui hoje reunidos, três pontos sobre a figura do líder que construirá a próxima geração.


O primeiro ponto é: “Seja uma pessoa que criará valor protegendo e fazendo bom uso do patrimônio do planeta”.


***


Na quinta-feira, 22, a comitiva visitou o Instituto Soka Amazonas na parte da manhã e à tarde, participou da cerimônia de oferecimento da placa “Presidente Nilo Peçanha” em homenagem ao dr. Daisaku Ikeda. Também procederam à assinatura do protocolo de intenções para o desenvolvimento de projetos de ensino, pesquisa e extensão entre o Instituto Federal do Amazonas (Ifam) e a Universidade Soka do Japão. O reitor Baba parabenizou o sincero comprometimento e a dedicação dos professores e jovens com a Amazônia e disse esperar que a parceria “construa uma nova página da amizade entre os dois países e que seja uma contribuição efetiva para a felicidade da humanidade e o desenvolvimento da educação”.


O reitor do Ifam, prof. dr. Antônio Venâncio Castelo Branco, emocionado, manifestou seu carinho e respeito com relação ao trabalho desenvolvido pelo Dr. Ikeda em prol da paz mundial e “principalmente pelo desenvolvimento de cada pessoa”.


Os integrantes da Camerata de Ukulelê de Manacapuru, depois de uma animada apresentação, ofereceram um dos instrumentos feitos manualmente com madeira reaproveitada da Amazônia como presente ao dr. Ikeda. Também foi lançado no encontro o livro “Guia para a Instrumentalização de Trilhas Interpretativas numa Perspectiva de Ensino e Aprendizagem”, cuja base foi o trabalho na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) dr. Daisaku Ikeda (área pertencente ao Instituto Soka Amazônia), com o objetivo de “Socializar a pesquisa e contribuir para que professores e alunos utilizem melhor o local e apliquem o case em outros locais”, explicou Lais Cássia Monteiro de Souza Barreto, uma das autoras.


 


O que será feito em Humaitá (AM)


O objetivo do projeto “Humaitá, A Capital Ambiental da Amazônia” é tornar a região, atualmente local de expressivas carências econômicas e sociais, numa cidade sustentável. Isso significa desenvolvimento de projetos de sustento dos moradores a partir de recursos locais; criação de laboratório socioambiental; desenvolvimento de soluções práticas para o problema do lixo que está contaminando o ambiente (coleta seletiva e reaproveitamento de resíduos); construção de ciclovia verde, iniciando-se com a plantação de 3 mil a 4 mil mudas nativas nas principais vias; construção de laboratório de sementes e mudas no campi local da universidade, com supervisão dos professores; incentivo ao estabelecimento de processos de energia limpa; e aprovação de projeto de lei para a inclusão de educação ambiental em escolas públicas da região.

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