09 de September de 2017

O derradeiro SIM à VIDA!

Há 60 anos o grande testamento de Josei Toda encontra eco no Tratado ratificado pela ONU

Monumento à Paz de Hiroshima: lembrança de um passado que nunca mais deverá se repetir

“Nós, cidadãos do mundo, temos o direito inviolável à VIDA”, declarou o segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, há 60 anos, em setembro de 1957. À época soou apenas como um apelo solitário de um homem inconformado. Porém, a força e determinação daquele brado resultaram em um grande eco ratificado em 7 de julho último, pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o Tratado sobre a Proibição das Armas Nucleares aprovado com 122 votos a favor – o Brasil está entre eles –, uma abstenção (de Singapura) e um voto contra (da Holanda) e prevê que os países que o ratificaram "nunca sob nenhuma circunstância devem desenvolver, testar, produzir, fabricar, adquirir, possuir ou armazenar armas nucleares ou outros dispositivos explosivos nucleares ".


Em sua Proposta de Paz de 2017, A Solidariedade Mundial dos Jovens: o Alvorescer de uma Nova Era de Esperança, do presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda, enviada à ONU em janeiro, o pacifista coloca a questão da eliminação das armas nucleares como um ponto crucial para o estabelecimento das paz no mundo. “Esta doutrina desumana de segurança nacional baseia-se no desejo de causar o sofrimento de Hiroshima e Nagasaki ao povo de outro país. Se o botão de lançamento começasse, não apenas as partes envolvidas, mas os países vizinhos e a Terra como um todo sofreriam danos irreparáveis”, enfatiza Ikeda.


Motivado principalmente pelo brado determinado de Josei Toda, seu grande mentor que, em 1957, proferiu sua célebre Declaração pela Abolição das Armas Nucleares, uma das primeiras vozes a se erguer e alertar para a natureza desumana e injusta de tais armamentos, Ikeda vem se colocando à frente de uma luta pacífica e efetiva em prol da eliminação completa de todo o armamento nuclear do globo.


Outra voz que se pronuncia em favor desta causa é a do professor emérito da USP, Celso Lafer . Ele ressalta que “a consciência dos riscos inerentes ao potencial destrutivo das armas nucleares para a humanidade traduziu-se na importância de valorizar a paz e conter a guerra por meio do que [Norberto] Bobbio denominou de um pacifismo ativo”. Segundo Lafer, este conceito possui, “entre as suas vertentes o pacifismo instrumental voltado para proscrever, eliminar e ir reduzindo a quantidade e a periculosidade das armas de destruição em massa, cortando os meios técnicos de extermínio da condução da guerra no mundo contemporâneo.


A SGI, entidade filiada à ONU e presidida pelo dr. Ikeda, vem se empenhando diligentemente há várias décadas em ações práticas de grande alcance que visam disseminar ideias de engajamento e simpatia ao movimento contra as armas nucleares. Em 2007, lançou a Década do Povo pela Abolição Nuclear, como parte do movimento de paz baseado na Declaração de Josei Toda.


A exposição-documentário, Tudo o que Você Valoriza – por um Mundo Livre de Armas Nucleares, em parceria com o Ican (Campanha Internacional pela Abolição das Armas Nucleares), foi exibida em dezenas de países que arrecadou mais de 5 milhões de assinaturas em 2014 em apoio ao Nuclear Zero, campanha global que objetiva realizar ações de boa-fé para o desarmamento atômico.


Constituiu ainda, uma rede internacional de jovens dedicados à abolição dessas armas e vêm realizando discussões, simpósios, seminários, palestras e encontros diversos em conjunto com grupos da sociedade civil organizada, inclusive no Brasil. O Núcleo Universitário da BSGI é integrante desta rede.


Vem participando na elaboração de declarações conjuntas apoiadas pela Comunidades Religiosas Preocupadas com as Consequências Humanitárias das Armas Nucleares, apresentadas em reuniões de cúpula sobre o desarmamento. Este mesmo grupo foi crucial na elaboração do Tratado ratificado pela ONU em julho último.


Em meio a esse contexto de ações concretas e diretas voltadas à conscientização das nações, Ikeda reitera também em sua proposta que “é crucial a maior participação possível de Estados, para identificar pontos de concordância entre as preocupações de segurança nacional e de defesa e a busca de um mundo sem armas nucleares”. Ilustrando esse argumento, ele enfatiza que há, nesse exato momento, pelo menos 1800 ogivas em alerta máximo o que significa que podem ser lançadas imediatamente.


[As armas nucleares] minam o sentido da vida e impedem a nossa capacidade de olhar para o futuro com esperança (...). No cerne da questão das armas nucleares está a extrema negação do outro – da sua humanidade e do seu direito igualitário à felicidade e à vida (...). O desafio do desarmamento atômico não é algo que diz respeito apenas aos Estados detentores de armas nucleares, deve ser uma iniciativa verdadeiramente global que envolva todos os Estados e integre a sociedade civil.


Este trecho é parte do documento que resume os esforços da SGI, e foi enviado à ONU em maio de 2016. Na declaração pública da SGI sobre sua total adesão ao Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares, “a adoção desse Tratado é um passo concreto para a realização de um mundo livre desse tipo de armamento, um desejo comum de toda a humanidade (...), é a maior ameaça ao direito à vida tanto individual como coletiva. Portanto, sua eliminação total é um desejo compartilhado por todas as pessoas.”


Este é, portanto, um momento vital para que os princípios e normas deste Tratado sejam amplamente divulgados entre as nações do mundo com a finalidade de obter sua aclamação universal. A SGI bem como todas as suas afiliadas presentes em 192 países e territórios, reitera sua disposição em aceitar como sua responsabilidade o trabalho de conscientização sobre os riscos e consequências das armas nucleares para as gerações atuais e vindouras, despertando a consciência pública para a constituição de uma rede ampla global em apoio incondicional ao Tratado e fim de alcançar e sustentar um planeta livre destes armamentos. Este é o nosso compromisso e nossa missão enquanto protagonistas desta Nova Era!

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