O mangá Nichiren foi lançado pela editora Brasil Seikyo no último dia 23 de setembro com grande evento
Público jovem foi a grande presença no evento de lançamento
Cristina: mangá hoje é um fenômeno mundial
Diogo Miyahara e os cosplay da BSGI
Capa do mangá
A cultura do Mangá já é um fato consolidado em todo o mundo. Há poucas décadas era algo associado apenas ao entretenimento infanto-juvenil, porém, atualmente é um fenômeno que conquistou fãs em todas as faixas etárias e é considerado um gênero literário de grande importância nos meios editoriais e intelectuais. No último dia 23 de setembro a editora Brasil Seikyo promoveu um grande evento para celebrar o lançamento do livro em mangá Nichiren, que retrata a vida do buda Nichiren Daishonin.
Especialmente convidada para o evento, a advogada Cristiane Sato, da Associação Brasileira de Mangá e Ilustrações (Abrademi), fez uma breve palestra sobre o percurso do mangá no Japão e no Brasil e de sua militância no setor. O mangá é o nome dado às histórias em quadrinhos de origem japonesa. A palavra surgiu da junção de dois vocábulos: “man” (involuntário) e “gá” (desenho, imagem). Ou seja, mangá significa literalmente “desenhos involuntários”.
Segundo ela, os primeiros mangás surgiram no século XI, a partir de caricaturas cômicas. O termo mangá só surgiu cerca de 600 anos após. O responsável pela popularização do termo com o pintorKatsuhika Hokusai quando lançou seu primeiro volume encadernado contendo uma coleção de histórias com desenhos sequências. A série, que teve 15 volumes, foi batizada de Hokusai Mangá. A partir daí os quadrinhos japoneses passaram a ser chamados de mangás, mas tal denominação só se consolidou no Japão pós-Segunda Guerra, já nos anos 1950, com as obras de Osamu Tezuka. Este último esteve em visita ao Brasil e teve um papel de grande relevância na disseminação dessa arte no país.
O evento teve a participação ainda do cantor, produtor cultural e associado da BSGI, Diogo Miyahara. Diogo é a voz que dá vida à versão em português da canção-tema do anime Cavaleiros do Zodíaco. Além dessa, interpretou também as canções-tema das séries Japion e Dragon Ball Z, para delírio da plateia, boa parte composta por crianças e jovens aficcionados por animes e mangás. O mangaka, ou desenhista de mangás, Rafael Yamane, também abrilhantou o evento, retratando os momentos marcantes com suas magistrais ilustrações.
O Departamento de Artistas da BSGI preparou especialmente para o evento uma leitura dramática de algumas cenas da obra lançada que encantou e emocionou a todos os presentes. Participaram das cenas os atores: Stella Tobar (direção de cena), André Sakajiri, Cleber Tolini, Lucélia Machiavelli, Paulo de Pontes, Ronaldo Robles e as crianças: Bruno Shiraishi e Gabriela Maedo.
O lançamento dessa obra envolveu uma equipe de oito pessoas e levou cerca de dois meses, mas sua produção já estava agendada desde o início do ano. Tanto o redator do texto, Masahiro Murakami, como o ilustrador, Ken Tanaka – ambos renomados profissionais de mangá no Japão – empenharam-se com grande dedicação para realizar uma obra que honrasse o legado do personagem principal, cuja relevância na história é de conhecimento geral na sociedade japonesa.
Segundo o prefácio, “Nichiren, personagem principal desta história, foi um monge budista que viveu no Japão no século 13. Embora tenha sido baseada em fatos históricos, a narrativa foi concebida e escrita por Masahiro Murakami como obra de ficção, reunindo personagens e eventos fictícios com os fatos que de fato ocorreram. Ao interpretar o roteiro, o ilustrador Ken Tanaka adicionou seu toque pessoal para dar vida aos personagens. Ao mesmo tempo que se esforçaram para permanecer fiéis à essência, escritor e ilustrador tomaram a liberdade de usar e abusar da imaginação e da inspiração para criar e desenvolver os personagens e o enredo”.
Serviço:
Livro mangá Nichiren
271 páginas
ISBN 978-85-8252-034-5
Preço promocional de lançamento: R$24,00